As fraturas de Le Fort no Trauma Facial

Por meio do estudo de crânios de cadáveres submetidos a traumas contusos, Rene Le Fort determinou as “linhas de fraqueza” estrutural da maxila, onde ocorrem as fraturas faciais.



Classificação de Le Fort

Le Fort I

Resulta da força direcionada para baixo, contra os dentes superiores, separando os dentes da face superior. Podem ser uni ou bilaterais. Se apresenta clinicamente com edema do lábio superior, má oclusão da mordida, equimose do vestíbulo bucal e palato.

Le Fort II

Fratura piramidal bilateral consequente a trauma no terço médio da face. Envolve os ossos nasais, maxila, ossos lacrimais e assoalho da órbita. No exame físico, percebe-se mobilidade da maxila e do nariz, edema periorbital bilateral, olhos de guaxinim, epistaxe, má oclusão da mordida e até possível rinorreia liquórica.

Le Fort III

Provocada por impactos na ponte nasal e na parte superior da maxila. Envolve a área nasofrontal, as paredes orbitais medial, posterior e lateral, o arco zigomático e as placas pterigoides. Apresenta-se com edema periorbital bilateral, olhos de guaxinim, alongamento da altura facial, achatamento da face, equimose na região mastoidea (sinal de Battle), rinorreia e/ou otorreia liquórica, hemotímpano etc.


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João Elias

João Elias

Médico pela Universidade Federal de Goiás. Cirurgião pelo Hospital Alberto Rassi. Residente de Cirurgia de Cabeça e Pescoço no Hospital do Câncer Araújo Jorge. Ilustrador Médico com foco em Anatomia e Cirurgia. Fundador e mantenedor do Café Cirúrgico.

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