Classificação de Nyhus: Como classificar as Hérnias Inguinais?

Classificação de Nyhus: Tipo I e II são Hérnias Indiretas com Anéis Profundos normal e alargado. Tipo III denota defeito da Parede Posterior. Tipo IV são as Recidivas.

Em 1991, a Classificação de Nyhus foi criada para discernir as Hérnias Inguinais levando em consideração fatores anatômicos, como as características do Anel Inguinal Profundo e a integridade da Parede Posterior do Canal Inguinal. Além disso, o próprio autor indicou algumas técnicas para cada tipo de hérnia.



Classificação de Nyhus: Como classificar as Hérnias Inguinais?

Nyhus Tipo I: Indireta com Anel Profundo Normal

Hérnia Indireta com anel inguinal profundo normal (até 2 cm). Isso geralmente acontece nos pacientes pediátricos. Para esses casos, Nyhus recomendou apenas ligadura do saco herniário, sem necessidade de correção da parede.

Nyhus Tipo II: Indireta com Anel Profundo Alargado

Hérnia Indireta com anel inguinal interno alargado, porém, com parede posterior preservada, ou seja, sem alterações no triângulo de Hasselbach.

Nyhus Tipo III: Defeito na Parede Posterior

O Tipo III necessariamente denota defeito da parede posterior:

  • A: Hérnia Direta, que por si só já representa enfraquecimento da parede posterior, fáscia transversal.
  • B: Hérnia Indireta com Anel Profundo tão alargado que invade a parede posterior, distorcendo a anatomia do Triângulo de Hasselbach.
  • C: Hérnia Femoral.

Para os tipos 3A e 3B, Nyhus recomendou tanto abordagens posteriores como anteriores, considerando uso de tela. Já o tipo 3C deve ser corrigido com reparo no tato iliopúbico posterior, sendo aceitável uso de tela.

Nyhus Tipo IV: Recidivada

As Hérnias Recidivadas possuem alto risco de nova recidiva e, por isso, merecem uma classificação a parte. Para correção dessas hérnias, Nyhus originalmente recomendou reparo do trato iliopúbico posterior reforçado com tela.

  • A: Hérnia Direta.
  • B: Hérnia Indireta.
  • C: Hérnia Femoral.
  • D: Recidivas combinadas.

Veja também: 14 Formas de se corrigir uma Hérnia Inguinal/Femoral.

Esse texto foi baseado no seguinte Artigo:



João Elias

João Elias

Médico pela Universidade Federal de Goiás. Cirurgião pelo Hospital Alberto Rassi. Residente de Cirurgia de Cabeça e Pescoço no Hospital do Câncer Araújo Jorge. Ilustrador Médico com foco em Anatomia e Cirurgia. Fundador e mantenedor do Café Cirúrgico.

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