Por meio do estudo de crânios de cadáveres submetidos a traumas contusos, Rene Le Fort determinou as “linhas de fraqueza” estrutural da maxila, onde ocorrem as fraturas faciais.
Le Fort I
Resulta da força direcionada para baixo, contra os dentes superiores, separando os dentes da face superior. Podem ser uni ou bilaterais. Se apresenta clinicamente com edema do lábio superior, má oclusão da mordida, equimose do vestíbulo bucal e palato.
Le Fort II
Fratura piramidal bilateral consequente a trauma no terço médio da face. Envolve os ossos nasais, maxila, ossos lacrimais e assoalho da órbita. No exame físico, percebe-se mobilidade da maxila e do nariz, edema periorbital bilateral, olhos de guaxinim, epistaxe, má oclusão da mordida e até possível rinorreia liquórica.
Le Fort III
Provocada por impactos na ponte nasal e na parte superior da maxila. Envolve a área nasofrontal, as paredes orbitais medial, posterior e lateral, o arco zigomático e as placas pterigoides. Apresenta-se com edema periorbital bilateral, olhos de guaxinim, alongamento da altura facial, achatamento da face, equimose na região mastoidea (sinal de Battle), rinorreia e/ou otorreia liquórica, hemotímpano etc.
Leitura recomendada
- Patel BC, Wright T, Waseem M. Le Fort Fractures. 2022 May 24. In: StatPearls. Treasure Island (FL): StatPearls Publishing; 2022 Jan–. PMID: 30252316.
- O Causo do Dinossauro: ATLS e Atendimento Inicial ao Politrauma.