Os cateteres venosos centrais podem ser classificados de acordo com o tempo de permanência no organismo. A depender disto, seremos capazes de escolher o melhor material para cada perfil de paciente.
Cateteres Venosos Centrais de Curto Prazo
Cateteres venosos centrais de curta duração são indicados para os pacientes sob regime de internação hospitalar, para realização de procedimentos por menos de 30 dias. Sua instalação não envolve tunelização, apenas fixação com ponto de fio inabsorvível. Por este motivo, está mais sujeito à infecções.
Exemplo: Cateter de Shilley, usado para hemodiálise de curta duração.
Cateteres Venosos Centrais de Longo Prazo
Possuem risco menor de infecção, seja devido tunelização ou total implantação. Podem ser mantidos por períodos superiores a 30 dias!
Cateteres semi-implantáveis
Os cateteres semi-implantáveis são instalados por meio de um trajeto subcutâneo até a veia central escolhida. Esse “túnel”, no que chamamos de tunelização ajuda minimizar o risco infeccioso. São indicados nos pacientes que necessitam de procedimentos mais longos, como Nutrição Parenteral prolongada, tratamentos oncológicos, dentre outros.
Exemplos: Cateteres de Hickman, de Broviac, Permcath, Intracath etc.
Cateteres totalmente implantáveis
Já o cateter totalmente implantável (portocath) é conectado a um reservatório instalado sobre a fáscia muscular, abaixo do tecido subcutâneo. Dessa forma, nenhuma parte do material fixa exposta ao ambiente. Para utilização, o reservatório é puncionado e a medicação é injetada. Seu risco infeccioso é consideravelmente menor quando comparado aos anteriores.
Exemplo: Port-a-cath, usado para quimioterapias de regime ambulatorial.
Veja também:
Dica de Leitura
- Zerati AE, Wolosker N, Luccia N de, Puech-Leão P. Cateteres venosos totalmente implantáveis: histórico, técnica de implante e complicações. J vasc bras. 2017;16(2):128-139.