Próximo paciente! Agora estamos diante do José, de 38 anos. Há cerca de quatro anos, ele queixa de cefaleia, disfagia, odinofagia e sensação de corpo estranho na garganta. A despeito de todas as medicações que ele já tomara, os sintomas permanecem da mesma forma. Inicialmente, ele realiza uma videolaringoscopia que demonstra um abaulamento da região da faringe. Você solicita uma tomografia e faz o diagnóstico da Síndrome de Eagle. Mas o que é isso?
Síndrome de Eagle
O processo estiloide é um relevo ósseo do osso temporal que tem origem embriológica na cartilagem de Reichert (do segundo arco faríngeo). Essa mesma cartilagem origina também o ligamento estilo-hioideo e o corno menor do osso hioide.
Em algumas pessoas, o processo estiloide encontra-se alongado, se aproximando mais do corno menor do osso hioide. Além disso, o ligamento estilo-hioide pode se calcificar, contribuindo com essa fisiopatologia. Tais anomalias podem provocar dor ao mudar a cabeça de posição, cefaleia, disfagia, odinofagia, sensação de corpo estranho através da faringe, zumbido, trismo e outros sintomas.
O diagnóstico baseia-se em uma história clínica bem dirigina e em exames de imagem. A tomografia computadorizada com reconstrução 3D é exame padrão ouro para diagnóstico da Síndrome de Eagle
Em alguns casos, o tratamento pode ser conservador, com fisioterapia, analgésicos, infiltração local… Em outros, é necessário tratamento cirúrgico com remoção da parte calcificada, seja por abordagem trans-oral ou transcervical.
Saiba mais!
- Barros ÉLD, Lins CC dos SA. Considerações anátomo-clínicas da Síndrome de Eagle. IJD International Journal of Dentistry. 2010;9(2):90-92.
- Fonseca HB, Costa SMD, Jamil LC. Eagle Syndrome: a case report. Revista Brasileira de Cirurgia Plástica (RBCP) – Brazilian Journal of Plastic Sugery. 2019;34(2):287-290.
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